Encerramos 2021, com uma série de debates, com temas que marcaram o Brasil nos últimos quatro anos. Temas sobre política, a economia, covid-19 e o sindicalismo. Tratamos também, de perspectivas para o próximo ano, apontando em linhas gerais ações que podemos fazer. O último ano foi difícil para os trabalhadores. Após um período de crescimento, de diminuição do desemprego e valorização do salário mínimo, alguns anos sem aumento do salário. A crise continuou após a promulgação da reforma trabalhista, que piorou as condições de vida dos trabalhadores de diversas formas. Diminuiu a proteção do estado e aumentou o poder das grandes Organizações Sociais de Saúde oprimindo o trabalhador, em sua capacidade de reivindicação e negociação. Neste contexto explodiu o trabalho precário, na saúde pública do estado. A partir de 2020, a terrível pandemia do coronavírus produziu uma assustadora elevação de mortes.

Desemprego e empobrecimento

Desde 2019 convivemos no Brasil com o social, econômico, político, ambiental e cultural, já abalados pela reforma trabalhista de 2017. O desemprego bateu recordes e, de forma incomum, ocorreu casado com a alta inflação. Uma combinação que jogou a população na precariedade e na miséria. A péssima gestão da pandemia massificou o desemprego, a miséria, a indigência, a paralização da economia e intensificou todas as mazelas sociais como a violência contra as mulheres, negros, homossexuais, crianças e idosos e o afastamento das crianças carentes das escolas.

Unidade para combater a crise

Lutamos por políticas estruturais de inclusão social e distribuição de renda, mas entendemos que muitos não podem esperar por estas mudanças pois passam necessidades urgentes. Sempre respeitamos a diversidade entre os trabalhadores O meio ambiente, e o combate ao racismo e a valorização dos negros e sobre a equidade de gênero e o protagonismo das mulheres na sociedade. Tais debates, como defendemos, estão ligados à pauta central dos trabalhadores e a luta por direitos no hospital. Tivemos, o cuidado de pontuar que a ASIN-HC – Associação dos Trabalhadores não vai se levar por modismos e tendências de cooptação do movimento social que geram divisão e ofuscam as prioridades no nosso campo. Desde a fundação do SIN-HC abordamos e defendemos as diversas condições e identidades que há entre os trabalhadores, por isso somos refratários a discursos que se vendem como avançados, mas que são essencialmente sectários e radicais e que se distanciam da luta central em defesa do povo trabalhador. Além das ações que nos comprometemos a desenvolver como: aprimorar a participação das mulheres e assim permanecer evoluindo na abordagem da questão da mulher trabalhadora, implementar medidas para que visem assegurar a saúde e segurança no trabalho, defender práticas ambientalmente sustentáveis para a produção e dinamizar e reforçar nossas relações, pretendemos investir em formação sindical e em uma rede própria de comunicação, para combater a onda de desinformação e de notícias falsas.