O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, que esteve ontem em João Pessoa para participar de uma oficina do Ministério da Saúde sobre o programa Previne Brasil, disse em entrevista à imprensa, que até o Natal o brasileiro estará desobrigado a usar máscara.
Do outro lado, também em conversa com jornalistas, o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, que estava presente no evento, foi totalmente contrário à declaração do seu conterrâneo e afirmou que essa será a última atitude a ser adotada no Estado. “Minha opinião é que deveremos continuar usando máscara. É como já falei em outras entrevistas, essa deverá ser a última das atitudes a ser tomada pelo Governo do Estado, em relação ao combate a pandemia, opinou o secretário. As opiniões contrárias dos dois causaram um mal estar entre os presentes à solenidade.
O ministro reafirmou que a proposta do Ministério da Saúde é desobrigar a população a usar máscara, no máximo até o natal. “Essa é nossa ideia. Até porque o número de casos e mortes já caiu em mais de 90% no país. Vamos trabalhar para ter o natal sem máscaras, depois vamos desmascarar os mascarados de sempre que sempre prejudicaram o Brasil, no rumo que esse país tem para ser uma grande nação”, cutucou Queiroga.
Candidatura
Ainda na entrevista, o ministro negou que tenha qualquer pretensão de disputar cargo eletivo nas eleições do próximo ano, seja para senador ou governador, em qualquer estado do país. “O presidente me convidou para assumir o comando da saúde pública brasileira. Os resultados estão aí. Maior campanha de vacinação ou umas das maiores campanhas de vacinação do mundo, onde ti- vemos uma queda de 90% dos casos de covid-19 e de números de óbitos. O vírus é um inimigo perigoso e vou cumprir a missão que o presidente me deu, que é acabar com a pandemia e vamos conseguir”, ressaltou.
Em relação à política partidária, o ministro Queiroga disse que nunca militou e que está feliz cumprir a missão, “que é cuidar da saúde pública de mais de 200 milhões de brasileiros”, explicou o ministro.
Ele confessou, no entanto, que foi filiado, em curto espaço de tempo, de partido, a convite do deputado federal, Hugo Mota (Republicanos). Ele afirmou ainda que precisou ‘abandonar’ a legenda face ao convite do presidente Jair Bolsonaro, para integrar a Agência Nacional de Saúde Suplementar. “Era proibido filiação partidária, então me desliguei”, explicou Queiroga.