Imagem: Arte Migalhas

Quando a pandemia da Covid-19 surgiu, muito se falava se a medicina teria condições de criar uma vacina em tempo recorde para conter o coronavírus, com o passar dos meses e vivendo no período pandêmico, a ciência novamente se fez presente e conseguiu proporcionar a tão esperada vacina.

No momento em que todos estávamos sem perspectiva sobre como seria o futuro e todos pensavam apenas em uma vacina eficaz, não foi levantada a possibilidade de determinada pessoa não se vacinar, até porque, para conter o vírus é necessário a iniciativa conjunta e simultânea da população para se vacinar.

Com o surgimento de diversas vacinas viáveis ao combate a Covid-19, o movimento dos antivacinas também apareceu, para o azar daqueles que querem se proteger e para a sorte do coronavírus.

Passado um certo tempo, muitos países conseguiram conter a propagação do vírus, pois investiram fortemente na compra das vacinas e além de ainda ser adotado o distanciamento social e novos protocolos para conter a propagação do vírus, por diversos pais, foi criado o “passaporte sanitário”, que consiste na apresentação do esquema vacinal completo para aqueles que desejarem entrar em um determinado país ou em locais e estabelecimentos privados. O intuito do passaporte sanitário é claro, continuar a contenção da propagação do vírus, e principalmente, fazer com que o vírus e suas variantes, não circulem entre os países, haja vista que para adentrar em determinado país, é necessário apresentar o passaporte sanitário com o esquema vacinal completo contra a Covid-19.

Ocorre que o Governo Federal Brasileiro, mais especificamente o chefe do poder executivo federal, juntamente com seus pares, se recusa a adotar mencionada medida, pautando-se na liberdade de locomoção e no direito de ir e vir de todos, nesse sentido, segundo as declarações do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições” e “as vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade”.

Com essa fala infeliz do Ministro, muitos brasileiros aderiram ao movimento anti-vacina e contribuem para o alastramento da pandemia. Diante da fala de Queiroga, já dizia o filósofo inglês Herbert Spencer, “a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”, ou seja, o indivíduo tem liberdade de fazer o que quiser da própria vida, desde que haja respeito e seja observado certos limites.